Os princípios evolucionários derivam de observação ou eles são impostos nela?

sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Os princípios evolucionários derivam de observação ou eles são impostos nela?

Evolution News & Views February 25, 2016 11:25 AM |Permalink



O geneticista Dan Graur, da Universidade de Houston é implacavelmente contrário ao design inteligente - e brutalmente honesto sobre sua oposição, que resulta em clareza naquilo que ele escreve. Recentemente ele tuitou os seguinttes 12 princípios da evolução, que ele elaborou.
Você tem que amar os princípios de Graur, porque eles capturam o neodarwinismo ortodoxo na sua forma mais pura:
Toda a Biologia Evolucionária em 12 Parágrafos, 237 Palavras, e 1.318 Caracteres (Nota do tradutor: em inglês)
  1. A biologia evolucionária é governada por um punhado de princípios lógicos, cada um deles tem repetidamente suportado rigorosos testes empíricos e observacionais.
  2. As regras da biologia evolucionária se aplicam em todos os níveis de resolução, seja o DNA ou a morfologia.
  3. Novos métodos permitem meramente a coleção mais rápida ou a melhor análise dos dados; eles não afetam os princípios evolucionários.
  4. O único atributo obrigatório dos processos evolucionários é uma mudança nas frequências dos alelos.
  5. Toda a novidade em evolução começa como uma única mutação surgindo em um único indivíduo em um único ponto de tempo.
  6. As mutações criam equivalência mais frequentemente do que melhora, e mais frequentemente menos funcionalidade do que funcionalidade.
  7. O destino das mutações que não afetam a aptidão é determinado pela deriva genética aleatória; isso das mutações que afetam a aptidão pela combinação da seleção e deriva genética aleatória.
  8. A evolução ocorre em nível populacional; os indivíduos não evoluem. Um indivíduo somente pode fazer uma contribuição evolucionária produzindo descendência ou morrendo sem descendentes.
  9. A eficiência da seleção depende do tamanho efetivo da população, um construto histórico que é diferente do tamanho do censo populacional, que é um instantâneo do presente.
  10. A evolução não pode criar algo do nada; não existe nenhuma novidade verdadeira em evolução.
  11. A evolução não dá surgimento à perfeição "inteligentemente planejada". De um ponto de vista de engenharia, a maioria dos produtos da evolução funcionam de uma maneira que é sub-ótimas.
  12. Homo sapiens não ocupa uma posição privilegiada no grande esquema evolucionário.
É  engraçado brincar com esses princípios. Por exemplo, considere seriamente o princípio 10, e os genes taxonomicamente restritos (os tão chamados genes "órfãos") representam um quebra-cabeça significante para a evolução neodarwinista. A pergunta mais profunda, claro, é esta: Esses princípios - em particular os de números 4 até 12 - derivam de observações, ou eles foram impostos nas observações?
Paralelo histórico:
E nós lembramos que Galileu nunca fez uso da elipse de Kepler, mas permaneceu até o fim como um verdadeiro seguidor de Copérnico, que disse que "a mente estremece" na suposição do movimento celestial não circular, e não uniforme.
(Gerald Holton, Thematic Origins of Scientific Thought, Harvard University Press, p. 64)
Na verdade, alguém poderia levar este catecismo para Londres em novembro, para o encontro da Royal Society sobre alternativas para o neodarwinismo, como um gabarito para onde a heresia possa ser esperada de surgir.
Imagem: Águia imperial do Nordeste, de AngMoKio [CC BY-SA 2.5], via Wikimedia Commons.