Maioria já concorda com a teoria evolutiva desde a graduação, mas nunca ouviu falar da falência heurística de Darwin

segunda-feira, julho 02, 2012

Reproduzo aqui a estratégia da Nomenklatura científica junto com a Grande Mídia de polarizar a questão da evolução que é estritamente científica - se as especulações transformistas de Darwin são corroboradas pelo contexto de justificação teórica - como se fosse de guerra cultural - ciência versus religião.

Abaixo texto de Hector Escobar, do jornal O Estado de São Paulo, de 01/07/2012:

Maioria já concorda com a teoria evolutiva desde a graduação

Será que o estudo da biologia - e, mais especificamente, da evolução biológica - torna as pessoas menos religiosas...

Será que o estudo da biologia - e, mais especificamente, da evolução biológica - torna as pessoas menos religiosas ou os alunos que procuram a disciplina já são, por princípio, menos religiosos que os outros?

Essa é uma das questões levantadas pelo trabalho publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciências. Para tentar resolvê-la, os autores aplicaram um questionário a cerca de 160 alunos de graduação do Instituto de Biociências e da Faculdade de Veterinária, logo na aula introdutória de biologia, no qual eles tinham de escolher entre uma explicação evolutiva, criacionista ou de design inteligente para a origem do homem. Entre os alunos das biociências, 79% concordaram com a explicação evolutiva, comparado a 49% da veterinária.


[NOTA DO BLOGGER: Somente esta questão invalida o caráter científico do trabalho a ser publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciências. Por que? Porque a ciência é a busca pela verdade, e aqui os pesquisadores Antonio Carlos Marques, Rodrigo Willemart e Ivan Dias, estão em descompasso com a verdade científica sobre a teoria do Design Inteligente: uma teoria científica sobre a detecção de sinais de inteligência na natureza e é silente sobre a origem do homem.]

"De início, achávamos que a diferença verificada na pós-graduação se devia à eficiência do ensino da evolução nas biociências", conta o pesquisador Antonio Marques. "Mas não. A diferença, aparentemente, vem desde a graduação. O aluno de biologia já entra na universidade com essa tendência."

Os autores propositalmente evitaram fazer comparações com disciplinas que trabalham diretamente com o ser humano, como Medicina ou Psicologia. "As pessoas, em geral, tendem a dissociar o ser humano do processo evolutivo", justifica Marques. "Ainda que não neguem a evolução, falam dela em terceira pessoa, como se estivessem excluídas do processo."

"Para evitar esse viés em potencial, achamos melhor comparar as biociências com a veterinária, que também trabalha com organismos não humanos", completa Marques. / H.E.


PERGUNTAS DESTE BLOGGER:

Se os alunos de biologia já entram na universidade com essa tendência, o trabalho publicado nos Anais da Academia Brasileira de Ciências levou em conta que desde o Ensino Médio estes alunos nunca ouviram sobre as dificuldades fundamentais da teoria da evolução de Darwin através da seleção natural no contexto de justificação teórica? Se o ensino da evolução fosse objetivo, eles ouviriam de evidências a favor e contra, e tivessem conhecimento disso, as respostas neste trabalho seriam diferentes.

Se nunca ouviram, nada estranho foi revelado neste trabalho desses pesquisadores, pois o que temos desde o Ensino Médio ao Ensino Superior, não é educação em biologia evolucionária, mas o doutrinamento em materialismo filosófico e metodológico que posa como ciência. A verdadeira ciência questiona suas mais queridas e preferidas teorias. É assim que a ciência avança.

Esses alunos nunca ouviram que a Nomenklatura científica, pressionada pelas montanhas de evidências negativas contra as especulações transformistas de Darwin, está elaborando uma nova teoria geral da evolução - a SÍNTESE EVOLUTIVA AMPLIADA, que não será selecionista e deverá acolher aspectos teóricos lamarckistas. Mas isso somente em 2020. Por que essa demora? Por que essa polarização ciência vs. religião quando é uma questão científica? Só vejo uma resposta: blindar a teoria da evolução de Darwin de quaisquer críticas. Mesmo as científicas...

Ah, só uma pergunta: houve revisão por pares deste estudo? Se houve, os pareceristas cometeram o mesmo erro que os autores: estão em descompasso com a verdade sobre a teoria do Design Inteligente. Chamam isso de ciência, eu chamo de folhetim ideológico. Darwin merecia, pelo menos, melhores defensores.