O atual credo da Nomenklatura científica

sábado, dezembro 01, 2007

Transcrevo abaixo o “credo científico” da Nomenklatura científica somente para reforçar a afirmação feita recentemente por Paul Davies, e postada neste blog, de que os cientistas também se utilizam da “fé” quando fazem ciência normal. É, mano, cientista também “reza” por um catecismo, e aí de quem mijar fora do caco, oops, não recitar e nem seguir “literalmente” o tão-falado, mas nunca plenamente definido e aceito método científico! Ele serve para todas as ciências? E as históricas como a teoria geral da evolução? Também passam por esse tal de “método científico”? Ai de quem não “aceitar” os a priori da ciência! Especialmente os a priori das hipóteses transformistas de Darwin, capice?

Uma leitura objetiva demonstra: os artigos de fé do credo científico da Nomenklatura científica, a “fé baseada nas evidências” não difere em nada da “fé baseada nas evidências” dos de concepções religiosas [argh, parafraseando Darwin, isso é como cometer assassinatos em série de cientistas ateus, agnósticos, céticos y otras cositas mais].

O credo científico [uma espécie de “catecismo menor”] da Nomenklatura científica é este:

1. A crença que o universo e a maneira na qual ele funciona pode ser entendido por uma espécie de inteligência limitada [nós humanos] através de métodos empíricos (uma pressuposição necessária).

2. A crença de que os verdadeiros padrões causais que explicam a origem e o desenvolvimento subseqüente do universo e da vida na Terra podem ser atribuídos a forças básicas da natureza das quais são gerados fenômenos mais complexamente organizados.

3. A crença de que a consciência surgiu de propriedades químicas da matéria contida pelo organismo que tem consciência.

4. A crença de que reações químicas de matéria não-viva resultaram numa célula viva.

5. A crença que a ciência é capaz de explicar a origem do universo e a vida na Terra sem recorrer a quaisquer componentes causais télicos ou inteligentes.

6. A crença de que nenhum dado empírico pode ser obtido para apoiar as teorias de design inteligente.

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Comentário impertinente deste blogger:

O materialismo/naturalismo filosófico está impregnado nas afirmações 2-6. Isso demonstra que a boa ferramenta do naturalismo metodológico (surgiu do empirismo) foi seqüestrada para avançar a agenda materialista/naturalista: não há teleologia, nem design intencional no universo, e tudo o que nele existe e existirá é simplesmente mero produto do acaso e da necessidade.

Não podendo se libertar desse seqüestro epistêmico, pois os guarda-cancelas epistêmicos são muito poderosos, infelizmente a atual ciência, apesar de os atuais donos do poder jurarem de pés juntos e afirmarem o contrário, se tornou uma religião dogmática e fundamentalista. E em algumas instâncias devido às limitações do método científico: “Credo quia absurdum” [creio porque é absurdo].

Muito diferente da posição da turma do Design Inteligente: “Credo ut intelligam” [creio para poder entender].

Fui, tirando o chapéu para Bradford por esta contribuição.