Estelionato educacional: o estranho silêncio do MEC e da Grande Mídia tupiniquim há uma década!

sábado, outubro 06, 2007

No dia 28 de setembro a Folha de São Paulo, um jornal que arroga ser “plural” e de estar a serviço do Brasil, publicou o seguinte editorial: “Estelionato educacional”

Neste editorial, a FSP revelou que o Ministério da Educação (MEC) ameaça punir 89 (17,5%) dos 510 cursos de direito avaliados pela instituição: as faculdades que obtiveram notas 1 e 2 (numa escala que vai até 5) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avaliou recentemente o conhecimento de universitários, e no IDD, que indicou quanto conhecimento as escolas conseguiram transmitir.

Segundo o editorial, os cursos que foram para o índex terão de passar por um processo de supervisão, e têm prazo de dez dias para traçar um diagnóstico de seus problemas e propor providências. Se o MEC as considerar insuficientes, poderá dar início a um processo administrativo com previsão de sanções que vão da redução das vagas até o fechamento da escola.

Louve-se aqui o posicionamento do editorial da FSP: “Já não era sem tempo de o ministério tomar uma atitude mais incisiva. Há anos proliferam no mercado educacional brasileiro verdadeiras arapucas, incapazes de fazer seus alunos aprenderem, mas muito eficientes na hora de cobrar mensalidades...

No passado, o MEC já tentou − sem muito sucesso- enquadrar as escolas com renitente história de fracasso. Espera-se que, desta feita, tenha êxito.”

Interessante notar que o editorial da FSP destacou as razões por que esses “cursos perigosamente ruins devem ser extintos”. Eles devem ser extintos por duas razões: “Representam violação aos direitos do consumidor de seus alunos, que estão comprando gato por lebre, e constituem, em princípio, uma ameaça à ordem pública, ao despejar no mercado profissionais incompetentes.”

NOTA BENE: OS CURSOS REPRESENTAM VIOLAÇÃO AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR DOS ALUNOS ESTÂO COMPRANDO GATO POR LEBRE!!!

Mas é justamente isso que venho tentando demonstrar ao editor de Ciência do caderno MAIS! da FSP desde 1998: A ABORDAGEM DAS ATUAIS TEORIAS DA ORIGEM E EVOLUÇÃO DO UNIVERSO E DA VIDA EM NOSSOS LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA REPRESENTAM VIOLAÇÃO AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO E SUPERIOR PORQUE ESTÃO COMPRANDO GATO POR LEBRE! POR QUÊ? PORQUE HÁ DUAS FRAUDES E VÁRIAS DISTORÇÕES DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS EM FAVOR DO FATO DA TEORIA GERAL DA EVOLUÇÃO.

Interessante que no editorial da Folha de São Paulo, o caso específico do direito, seria mitigado pela exigência de exame de habilitação imposto pela Ordem dos Advogados do Brasil. Se os bacharéis não forem aprovados no teste da OAB, eles simplesmente não poderão advogar, mas deplora que este “filtro” rigoroso “não existe para outras carreiras, como medicina − próximo alvo do MEC − nas quais as conseqüências do despreparo podem ser ainda mais devastadoras.”

Concordamos ipsis litteris com a FSP: o que Darwin tem a contribuir para a medicina? NADA! O atual descaminho epistêmico dos alunos do ensino médio e superior em biologia terá, sem dúvidas, “conseqüências devastadoras”.

Já propus aos editores da FSP desde 1998, NOTA BENE, desde 1998, que este ESTELIONATO EDUCACIONAL fosse abordado na seção Tendências e Debates, mas lá o contraditório nunca será abordado. Razão? A Folha de São Paulo está de rabo preso com o materialismo e naturalismo filosóficos que posam como ciência diante da Nomenklatura científica. Os editores da FSP precisam questionar Darwin cum granum salis devido ao avanço das descobertas científicas que estão provocando o upgrade na teoria da evolução: Darwin 3.0 em 2010!

Pensar que a FSP, o jornal plural e a serviço do Brasil, compactua com este ESTELIONATO EDUCACIONAL causa arrepios...

NOTA IMPERTINENTE DESTE BLOGGER:

Semana que vem protocolaremos na CEC − Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados em Brasília, uma análise crítica do conteúdo dos livros didáticos que praticam este ESTELIONATO EDUCACIONAL em biologia!